não foi por causa de discussões, nem de ciúmes, nem de desacordo financeiro, nem de ritmos sexuais diferentes.
Nenhum destes fatores implicou no fim. Acabou porque já não tinhamos planos futuros em comum. Não conseguimos ter uma visão de uma vida futura em comum.
Não sei explicar quando realmente nos demos conta que havia acabado, mas acabou. Uma seqüencia sem fim de acontecimentos que se repetiram ao longo dos 8 anos, causaram danos demais a relação.
O problema não fui eu ou ele, fomos nós. Sim estou me relefindo a mea culpa, mea maxima culpa. Eu não soube ser a mulher que ele desejava, a boneca que ele idealizava. Sem saber lidar com a situação acabei me tornando algo que hoje não reconheço. Me tornei parte de outro, sem perceber. Sonhei sonhos que não eram meus e vivi uma vida nem sempre de acordo com meu gosto, mas de muitas maneiras era uma vida confortável.
Foi o fim mais tranqüilo de todos. Aquele fim que não tem sofrimento. Eu tive vontade de fazer dar certo, mas não consegui me empenhar como deveria, a vida é assim. Tentativas e erros. Tentamos, tentamos, tentamos, e um dia, ou você vê que todos os esforços não rederam o esperado ou eles funcionam e se segue uma vida linda.
No meu caso tentei, errei, me desculpei, me culpei, tentei mais e mais até quase me anular a uma insignificante existência, e foi ai que não suportei mais e o fim começou a ser amplamente conversado. Mentalmente eu fiquei exausta porque as conversas nunca saiam do lugar. Sabe quando uma criança não tem argumento e pra não ficar por baixo fala: “A culpa foi sua se eu errei.” Era assim que as conversas sempre terminavam.
Hoje dia 21 de janeiro de 2012, estou na busca de mim mesma. Estou me redescubrindo, com a ajuda de amigos maravilhosos. Simone, Marília, Rejane, Lia, Dani, Gabrielle Avelar ( de quem tiro alguns trechos e posto aqui), Edimilson fagundes, Alê.